Geração Z: a geração sem rótulos

12 de agosto de 2022
por Recrutamente.com.br

É bem provável que você já tenha ouvido algum estereótipo sobre a geração Z ou pelo menos lido algum artigo ou estudo sobre as demais gerações, certo?

Com base em experiências marcantes que as pessoas viveram em diferentes momentos da história, foi possível retratar aspirações, padrões de consumo e formas de comunicação de cada geração. Estes estudos nos mostraram que no trabalho, os veteranos (1928-1944) valorizavam comprometimento e autoridade, os baby boomers (1945-1964) foram percebidos como ambiciosos e workaholics, a geração X (1965-1979) trouxe a busca do equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, enquanto a geração Y (1980-1994) chegou pedindo flexibilidade e liberdade. 

Não faz muito tempo que os primeiros representantes da geração Z (nascidos após 1995) chegaram nas empresas e já mostram que o único rótulo que cabe ao defini-los é o da autenticidade.

Geração Z: por uma real valorização da inclusão e da diversidade

A pesquisa Carreira dos Sonhos 2022 destaca que, “em tempos de trabalho remoto, as pessoas experimentam com mais força a sensação de que não estão sendo vistas, ouvidas e consideradas”.

Em relação ao sentimento de pertencimento, o estudo aponta ainda que ele “é construído e cultivado em ambiente em que podemos ser nós mesmos”.

Embora tenha melhorado a percepção de que as empresas têm um ambiente de trabalho inclusivo e diverso, profissionais dessa faixa etária (41%) entendem que ainda é possível fazer mais nesse sentido.

Um levantamento feito pela empresa Wiz&Watcher em parceria com o Grupo Cia de Talentos e apresentado no 5º Encontro Líderes do Amanhã, confirma esse dado. Além de utilizar uma ferramenta de big data, desenvolvida pela Wiz & Watcher, o estudo ouviu jovens de 18 a 24 anos.

Um dos questionamentos que apareceram foi: “Já aprendemos sobre tantas coisas, por que é tão difícil lidar com a questão LGBTQIA+?”.

A visão desse público é de que a questão da igualdade está apenas no discurso e que o incentivo da entrada de pessoas diversas nas empresas é motivado pelo lucro e não em ter realmente uma diversidade.

Oportunidade pra trabalhar sua marca empregadora

Embora o incômodo da geração Z quanto ao uso do tema da diversidade esteja ligada ao fator econômico, é fato que este aspecto contribui para os resultados financeiros das organizações. Diferentes estudos, entre eles, o relatório “A diversidade como alavanca de performance”, da McKinsey, apontam isso. Afinal, uma equipe diversa gera mais ideias, aumenta a inovação, colabora com o clima organizacional, faz com que as pessoas trabalhem mais felizes e, tudo isso, acaba impactando positivamente no aspecto econômico.

E, aqui, vemos uma oportunidade de trabalhar a marca empregadora. Levantamos algumas questões que podem ajudar a planejar as ações da sua companhia nesse sentido:

– Como tem sido tratado o tema de diversidade e inclusão?

– Quais iniciativas vocês têm realizado que envolvem o tema?

– O discurso está alinhado com a prática?

– De que maneira este assunto tem sido comunicado?

Uma boa estratégia de marca empregadora olha com atenção pra todos esses aspectos pra que a imagem e as informações que chegam aos diferentes públicos sejam coerentes. Para a geração Z, que é consciente de suas potencialidades e possibilidades e se reconhece como indivíduos empoderados, esta coerência é fundamental.

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