Perceber a importância da pluralidade nos convida a uma revisão de valores, crenças, hábitos, diferentes características e habilidades. Essa diversidade engrandece experiências, amplifica potenciais e, impacta na forma pela qual nos comunicamos uns com os outros.
Evoluímos tanto a ponto de a tecnologia facilitar inúmeras tarefas e nos aproximar é necessário que a comunicação caminhe na mesma direção, encurtando as distâncias. Todas essas mudanças nos trouxeram até aqui e seguem acontecendo! Por isso, quando pensamos em comunicação inclusiva, percebemos que essa é uma urgência dos tempos atuais. Os avanços na tecnologia e na medicina, a crescente preocupação global com questões ASG (ou ESG, no inglês), e até mesmo a constante evolução dos meios e formas de comunicação, nos mostram a necessidade de acompanhar as demandas de um mundo hiperconectado, desde o núcleo familiar até o mundo corporativo. Conheça as 4 etapas para comunicar-se de forma inclusiva:
1. Entendendo as transformações da linguagem!
A língua é o meio de comunicação pelo qual nós emitimos mensagens, portanto, devemos levar em consideração que cada mensagem carrega em si uma bagagem social, emocional, cultural e econômica, tanto ao ser emitida quanto ao ser processada por outras pessoas, cujos conhecimentos e experiências também são múltiplos e distintos.
Logo, a comunicação inclusiva passa necessariamente pela empatia e comunicação não violenta. Comunicar-se de modo inclusivo é prezar pelo cuidado ao se referir a qualquer pessoa, considerando como elas desejam ser representadas socialmente e historicamente; é levar em conta os direitos humanos ao fazer escolhas verbais e até comportamentais com os mais diversos públicos.
2. O impacto da comunicação – Transformando realidades
Muitas vezes, temos dificuldade em notar os efeitos diretos da nossa fala ou das nossas ações nas pessoas com quem nos relacionamos diariamente. Quando vemos, na televisão, nos jornais ou nas redes sociais, cenas de discriminação, falta de acessibilidade e marginalização, é importante saber que elas podem estar associadas a uma violência histórica, que passa pela comunicação e pode também estar presente na língua!
O estímulo à comunicação inclusiva pode começar em você! O que importa é disseminar a linguagem e práticas de inclusão no seu círculo familiar, profissional e entre as suas amizades.
3. Por onde começar? – O perigo dos vieses inconscientes
Construímos, ao longo da nossa vida, uma percepção única sobre o mundo, com base nas informações que recebemos e nas nossas experiências. A partir disso, construímos nossa personalidade, nossas crenças, gostos, e também vieses inconscientes, conceitos que pautam, de maneira automática, nosso juízo de valor e nossas atitudes.
Como você lida quando encontra alguém com opiniões muito diferentes das suas? Ou com uma cultura que você desconhece? E com alguém que carrega propósitos e valores distintos do seu? Superação de alguns tipos de vieses passa, necessariamente, pela conscientização dos benefícios de promover um ambiente diverso e inclusivo.
Para atuar ativamente e contribuir com uma comunicação inclusiva:
- Ponha de lado os estereótipos e generalizações, todo ser humano é único e carrega uma bagagem vasta de experiências!
- Evite fazer pressuposições. Converse; pergunte; conheça a realidade das pessoas!
- Escute e respeite o ponto de vista do outro! A globalização nos abriu portas para conhecer as mais distintas pessoas e lugares; cabe a nós aproveitar essa oportunidade para ver e ouvir genuinamente novas histórias.
- Queira aprender! Às vezes, nosso maior obstáculo é nos limitar à nossa bolha. Essa atitude pode ser nociva a ponto de desconsiderarmos ou desqualificarmos inúmeras possibilidades.
4. A prática leva à.… inclusão 😉
Sabemos que mudanças profundas não ocorrem do dia para a noite, e por isso, reforçamos que a comunicação inclusiva é uma habilidade que exige prática!
Perceba as pessoas ao seu redor, repense e analise suas atitudes, busque conteúdos sobre o tema, dê valor para as pequenas ações! Somos parte desse grande quebra-cabeça que é o planeta Terra, e as mudanças que queremos ver no futuro dependem de nós, de nossas consciências e atitudes!
* Conteúdo escrito em parceria com o Bradesco
0 comentários