5 inimigos do employer branding

Categoria(s): RH
20 de dezembro de 2021
por Larissa Florindo

A indústria 4.0 está revolucionando o mercado de trabalho por se concentrar principalmente na implementação de um ambiente mais digital, consequentemente mais conectado, compartilhado e automatizado.

E no meio desse processo, principalmente as empresas de médio porte, frequentemente negligenciam duas questões essenciais: como atrair e reter os funcionários certos para embarcar nessa transformação? E como elas podem se diferenciar de outras empresas?

Os desafios são vários, mas as empresas que investem em employer branding costumam chegar nas respostas mais facilmente, porque elas mostram o que está em seu DNA e o que as move. Como efeito, suas estratégias viram “iscas” para atrair talentos e fortalecer a relação dos funcionários da casa.

No entanto, employer branding não é uma comunicação superficial e segue três elementos essenciais:

  • Cultura da empresa: como funcionários, gerentes e executivos agem.
  • Desempenho: quais critérios são relevantes para o candidato e diferenciam a empresa da concorrência.
  • Marca tangível: concretizada em todos os pontos de contato ao longo da jornada do candidato – desde o primeiro contato até o primeiro dia de trabalho ou “fim da relação”.

Os inimigos do employer branding

Um employer branding forte, que transmite valores específicos, cria diferenciação e relevância, e assim, minimiza o risco de atrair pessoas erradas para o time. 

Para muitas empresas isso já está claro, mas na hora de criar as estratégias de employer branding, elas percorrem a superficialidade e não conseguem fazer nada muito relevante e fora da curva das demais empresas.

Por isso, continue a leitura e entenda quais são os principais inimigos do employer branding e saiba como evitá-los.

Inimigo 1: Ser superficial

Um employer branding forte não é criado para tornar a página de carreira ou as redes sociais mais atraentes. 

O que causa atratividade e diferenciação para o candidato é ele ver pessoas que já fazem parte do time vivendo aquelas experiências incríveis na prática – e isso é muito fácil de descobrir: se o time se sente acolhido pela empresa e consegue ter equilíbrio entre carreira e vida pessoal, eles falarão a respeito em qualquer oportunidade.

Ou seja, os próprios colaboradores são as melhores iscas para atrair candidatos e também os melhores advogados da empresa.

É por isso que o employer branding não se trata de um marketing descolado para fazer bonito no LinkedIn.

Inimigo 2: Não ter valores bem definidos

Pessoas como Dalai Lama e Steve Jobs, mas também marcas como Harley Davidson e Apple, atraem pessoas por meio de seus valores. 

Esses pré-conceitos positivos não surgem da noite para o dia, mas sim de processos criativos que ajudam no desempenho e na qualidade.

A combinação de valores específicos constitui uma identidade única. Portanto, valores são expressões de uma cultura viva que atrai e retém os funcionários certos.

Um sistema de valor específico e, acima de tudo, vivo, não apenas aumenta a atratividade e a diferenciação, mas também minimiza o risco de perder novos funcionários no curto ou médio prazo devido a um ajuste de valor incorreto.

Inimigo 3: A normalidade é inimiga de qualquer marca

Salário atraente e desenvolvimento sistemático da equipe são benefícios eficazes. No entanto, eles não são exclusivos para estabelecer a lealdade real em candidatos e funcionários.

As empresas com um employer branding mais atraente, por outro lado, demonstram em primeiro lugar por que existem – como a Tesla com o seu slogan “para acelerar a transição do mundo para o transporte sustentável”. Eles inspiram mostrando a contribuição de todos. Isso diferencia a Tesla de todos os outros fabricantes de automóveis, atrai não apenas os amantes de carros, mas todos com uma convicção específica, e cria atratividade ou lealdade nas pessoas certas.

Um posicionamento de marca claro, afiado para o mercado, aumenta não só a atratividade e a diferenciação, mas também fomenta o orgulho do colaborador.

Inimigo 4: Marcas fracas crescem apenas para os de fora 

A percepção da marca e com ela a decisão do candidato, seja a favor ou contra uma empresa, não resulta de pontos de contato individuais, como a confirmação ou rejeição, mas é moldada ao longo de toda a jornada do candidato.

Somente quando a marca se tornar tangível para o candidato em todos os pontos de contato ao longo dessa jornada, como a recomendação de um conhecido, como ele é recebido na recepção ou a conduta do entrevistador, a empresa se destacará distintamente e atrairá os funcionários certos.

Ou seja, não adianta fortalecer a marca para o mercado sem fazer o mesmo dentro de casa. A “persona” precisa ser uma só em todos os cenários.

Um bom exemplo de inimigo do employer branding é ter uma página de carreiras no site que mostra a empresa com um posicionamento cool e divertido, que expressa os valores mais incríveis e um DNA marcante, mas que na prática não funciona assim.

Os colaboradores também devem acreditar na marca e viver o que a marca diz ser.

Inimigo 5: Não priorizar por uma comunicação clara e fluída

Investir na comunicação consistente dentro da empresa, é a melhor forma de ter mais transparência e causar menos ruídos entre times.

Um bom exemplo de comunicação consistente é manter toda equipe bem informada sobre demandas, próximos passos e futuro da empresa. 

Consequentemente, essa comunicação consistente refletirá nas estratégias para atrair novos talentos e fará muita diferença durante o processo seletivo e recrutamento.

Conclusão

Você já está garantindo o futuro da sua empresa ou ainda está conduzindo um employer branding superficial? Para descobrir, você deve fazer estas três perguntas:

  1. Existem valores específicos que demonstrem com credibilidade a cultura ativa e singular da empresa para candidatos e funcionários?
  2. O candidato tem uma noção clara da singularidade do employer branding por meio de uma promessa de desempenho confiável, atraente e diferenciador?
  3. O employer branding pode ser experimentado de forma consistente por meio de seus valores e posicionamento em todos os pontos de contato ao longo de toda a jornada do candidato?

Somente quando você responder a essas perguntas com um sonoro “SIM” e pela perspectiva do candidato, poderá ter certeza de que o employer branding está contribuindo para a capacidade de atração e diferenciação da sua empresa no mercado.

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